quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Receita para a vida - refazer, rever

Justamente no dia em que colocar a data me trouxe tanta angústia de que 2013 praticamente já acabou sem deixar lastros e laços, uma amiga re-deseja ser réveillon.
É como transplante de órgãos: um mesmo fato, gerador do maior sofrimento que um ser humano pode passar, é a melhor notícia que outro jamais sonha em receber.
Este mesmo dia, um belo 29 que simboliza fartura e riqueza, chega com a geladeira e a barriga vazias. Não havia sequer uma cenoura, quem dirá uma batata pra tentar fazer o nhoque, mas tinha farinha e a memória do desperdício. Foi assim que decidi que já que nada pode ser sempre certo também não pode estar tão errado e assim como cada ano que chega cheio de uma esperança que vai ser frustrada nos próximos 10 meses, resolvi refazer aquele nhoque da página 387. Dessa vez, bati no liquidificador: 1 copo de leite e um de farinha, um ovo, uma colher de manteiga, outra de queijo parmesão ralado e sal.
Levei ao fogo baixo (tinha uma consistência de panqueca) para cozinhar mexendo bastante com uma colher de pau. É uma massa pesada de misturar, bem mais do que pirão ou brigadeiro.  Antes de cortar, é preciso esperar esfriar - mais uma receita pra vida?
E  dessa vez funcionou. A massa fica mais densa, macia, fácil de modelar sob uma superfície enfarinhada.
Não sei se já falei isso, mas eu gosto de colocar um ramo de alecrim ou manjericão na água fervente para cozinhar qualquer massa. Sobre os nhoques, assim que boiarem, escorro e jogo na água fria pra cortar o cozimento e não ficarem desmanchados.
Cobri com molho branco e mais parmesão.
Alguma coisa hoje tinha que dar certo, então... há esperança! Apesar de não ser a receita mais fácil de todas (Dani, começa pelo de batata, tá?), pelo menos funciona, nem tudo está errado e isso alivia momentaneamente o meu coração.

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