sábado, 2 de março de 2013

Minha vó que tava certa...

Nunca imaginei que a cozinha ia me aproximar tanto das memórias da minha vó...
Ela era doceira em Pelotas, no RS. Muitos casamentos nas décadas de 60/70 foram marcados conforme a agenda da Dita, que botava tanto açúcar naqueles bolos que eu não faço a menor ideia de como eles chegavam inteiros no salão de festas!
Hoje resolvi fazer um bolo de cenoura para levar para uma amiga que recém teve bebê e está com 'desejo'. Nada podia ser mais familiar do que fazer um bolo, ainda mais um bolo de cenoura! Comprei até uma assadeira nova, linda, tentando mais uma vez encontrar a felicidade entre ovos, farinha e açúcar.
O bolo foi pro forno. Do forno, para o chão. Depois para o lixo.
3 cenouras, 3 ovos, 1 xícara de óleo, 2 xícaras de açúcar, 2 xícaras de farinha de trigo, 1 colher (sopa) de fermento em pó e 1 pitada de sal desperdiçados.
Talvez tenha sido porque eu não peneirei os ingredientes secos, talvez porque eu tenha usado só itens integrais e essa receita não funcionaria assim... o que eu sei é que quando fui deitar inconformada e com vontade de me esconder só lembrava da minha vó falando que o resultado da comida é reflexo de como a cozinheira está... No meu caso, uma massa grudenta, batumada, caída no chão.
 

sexta-feira, 1 de março de 2013

http://rachelsdelectabledelusions.wordpress.com/
Eis que penso que minha verdadeira inspiração não é Julia, e sim Julie, que se resgatou pelo desafio do novo, transpondo a mera transcrição/execução de receitas, encontrando a si mesma na transformação dos ingredientes em alimento para o coração...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Broken Heart Food

Alguns dias são mais difíceis...
Engoli o choro o dia inteiro contando os minutos pra chegar logo em casa e quando entro no carro já nem sei mais pra onde estou indo. Quase atropelei um senhor na faixa de pedestre porque eu não estava olhando. Eu não sei onde eu estava. E a vontade de ir pra casa? Não sei... enfrentar o apartamento em silêncio parecia a pior opção. Direto pra cama e surge aquela vontade da comida que consola, do afago, que pra mim não podia ser outra senão macarrão. 
Pois não tinha.
Mas massa sempre me acalma, me ocupa, que conforta, me absorve pra que a cabeça pare por uns minutos... 
Vou ali misturar uns ovos com sal e farinha e ver se esse coração cicatriza.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Caldo Verde Fácil (e ligth)

Explorando as  possibilidades de cada ingrediente! Voltamos para a couve.
Hoje a receita é realmente muito fácil, tudo que você vai precisar é isso:

2 xícaras de caldo básico de carne (ou um envelope de caldo pronto diluído)
1/2 xícara de purê de batata (que é uma batata média cozida)
1 xícara de couve fatiada finamente
75 gramas de paio fatiado - era opcional, não usei
sal
1. Prepare o caldo de carne e junte-lhe o purê de batatas. 2. Acrescente a couve. Cozinhe com a caçarola destampada, durante cerca de 15 minutos. Acerte o ponto de sal. Nota: a seu gosto, poderá juntar também, durante o cozimento da couve, pedacinhos de paio ou toicinho defumado.
O que eu mudei da receita?

Primeiro, eu odeio os 'fios' de couve no caldo verde, nunca consigo tomar o caldo com o mínimo de elgância! Resolvi picar no processador. Segundo: já que ele (o processador) estava a mão... piquei meia cebola e fritei antes de começar o caldo.
Essa receita é ótima quando se tem um restinho de couve. Mas se você acabou de comprar e não sabe o que fazer com a sobra, congele! Só não esqueça de colocar a data, ok?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Rosquinhas de Cachaça Gaúcha

Teve uma Páscoa que saí pra almoçar com meu pai e acabamos indo a Dois Irmãos, uma cidade pequena, quase uma vila, no interior do Rio Grande do Sul. Foi assim que acabei conhecendo a Weber Haus, um lugar incrível até para cervejeiros.
Nesse verão, uma grande amiga esteve por lá e também se apaixonou pelo lugar, pelos produtos, pela história, pela cultura e por esta água que passarinho não bebe.
Assim, quando encontrei, na página 871, a receita de rosquinhas de cachaça, olhei na mesma hora pra minha Weber Haus Orgânica de Hortelã e, literalmente, coloquei a mão na massa!
 
Ingredientes: 1kg de farinha de trigo, meia xícara de açúcar, 1 colher de sopa de manteiga ou margarina, 2 colheres de sopa de banha (eu usei três colheres de manteiga), meio copo de cachaça, 4 ovos, 2 colheres de sopa de fermento em pó, 1 colher de chá de sal e uma xícara de leite.
 
Peneirei todos os ingredientes secos e fui acrescentando os líquidos e amassando aos poucos. Deve-se deixar descansar por duas horas antes de fazer as rosquinhas. Leve para assar em forma untada no forno quente.
 
Pra variar, eu tenho dificuldade em dar forma às rosquinhas... mas garanto que ficaram muito boas! O aroma da cachaça é bem marcante e toma conta da receita que é a cara do Brasil! 
 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sobre sorvetes

Acho que ainda não comentei, mas eu não como açúcar. Eu tenho uma condição metabólica controlada, por isso o açúcar não faz parte da minha dieta.
Mas isso não significa que eu seja diabética e tenha que ficar longe de qualquer fonte de açúcar. Significa que eu como doce quando ele realmente vale a pena. E os sorvetes italianos valem.
Experimentei em Milão uma única bola de sorvete de café. Lembro até hoje! Quando eu voltar à Itália (o que vai acontecer, já que joguei moedas na Fontana di Trevi), preciso de um sorvete, assim que descer do avião!
Mas já dá pra ir matando a vontade aos poucos aqui por perto... 
Todo o ano passo o carnaval no Uruguai e guardo minha cota de açúcar (o que significa não consumir carboidratos ou frutas) para o sorvete da Popi. Procurando na internet, vão encontrar mil comentários, mas eu preciso registrar que o sorvete sabor de doce de leite com pedaços daquele doce de leite uruguaio maravilhoso vale a restrição da semana inteira!
Esta semana, em Florianópolis, fui apresentada à Gelateria Max. É um suprimento da Itália por aqui! Minha opção foi uma porção pequena do Max e do Tiramissu.
Passando por La Paloma, La Pedrera ou em Floripa, não perca a oportunidade!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Julie & Julia - um sopro de inspiração

Essa noite eu assisti, mais uma vez, Julie & Julia.
Dessa vez, com uma taça de vinho, baguete e manteiga. E o coração cheio de expectativas, de memórias, de dúvidas...
A única coisa que não muda, cada vez que assisto o filme, é vontade de encontrar nas panelas e nos aromas a mesma felicidade da cena abaixo.
 
Deliciem-se!